sábado, 27 de abril de 2013

Voltando no tempo

Toda carta tem seu charme. Com a internet a vida está muito mecanizada, foi perdida a essência. O carinho é um clique. Antigamente correspondências tinham perfume e ansiedade pela espera de chegarem, hoje computadores deletam, economizam nosso tempo e estamos sempre atrasados. Onde está nossa paciência e nosso jogo de cintura ao lidar com os empecilhos ao longo do caminho? Parece ser uma boa explicação para ter uma máquina de escrever hoje em dia, ela desacelera um pouco nossa mente e nos força a ter mais atenção. É por isso a comparação: quando nos deparamos com um problema, não temos a opção voltar ou desfazer, é simplesmente seguir em frente.


Foi por esses motivos que eu decidi adquirir uma máquina, mas também para retribuir o carinho que recebo e que às vezes fica escondido, ótima terapia para o cérebro e para as mãos pois datilografar exige um pouquinho de força. É muito gratificante valorizar o passado para poder aproveitar melhor o presente!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Os mandamentos de Dalai Lama

  • Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria.
  • Decore seu poema favorito.
  • Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.
  • Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas nos olhos.
  • Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
  • Acredite em amor à primeira vista.
  • Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
  • Ame profundamente e com paixão.
  • Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
  • Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
  • Não julgue as pessoas pelo seus parentes.
  • Fale devagar mas pense com rapidez.
  • Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
  • Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
  • Ligue para sua mãe.
  • Diga "saúde" quando alguém espirrar.
  • Quando você se deu conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
  • Quando você perder, não perca a lição.
  • Lembre-se dos três Rs: Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.
  • Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
  • Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
  • Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
  • Passe mais tempo sozinho.
  • Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
  • Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
  • Leia mais livros e assista menos TV.
  • Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.
  • Confie em Deus, mas tranque o carro.
  • Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
  • Em desentendimento com entes queridos, enfoque a situação atual.
  • Não fale do passado.
  • Leia o que está nas entrelinhas.
  • Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
  • Seja gentil com o planeta.
  • Reze. Há um poder incomensurável nisso.
  • Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
  • Cuide da sua própria vida.
  • Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
  • Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
  • Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação de riqueza.
  • Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
  • Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
  • Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
  • Usufrua o amor e a culinária com abandono total.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Livro: O Pequeno Príncipe





Parece ser um livro infantil, não é? Errado, pois as lições são também para os adultos. Este é um dos meus livros favoritos e mais fascinantes que já li. Ele conta a história de um piloto de avião que encontra um principezinho no meio do deserto, a partir daí é narrada as aventuras do pequenino em outros planetas nos mostrando valores como amizade, amor e lealdade.


''Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.''  (O Pequeno  Príncipe)

Uma curiosidade:  Antoine de Saint-Exupéry, o autor deste livro, era aviador e em 1944 partiu  para uma missão de reconhecimento em um território francês ocupado por alemães. Sumiu, nunca foi encontrado. Apenas em 1998, um bracelete seu, foi achado por um pescador e em 2004, foram confirmados que restos do avião encontrados em 2000 pertenciam à sua aeronave. (Fonte Superinteressante)

Nesse link você pode baixar o Audiobook e nesse o E-book.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Medo

Uma palavrinha tão pequeninha e que nos paralisa, nos faz parecer covardes. Ao mesmo tempo que evita grandes riscos, é um sinalizador, é atenção. Ele cria um escudo contra as coisas ruins e contra as boas também. Necessitamos tomar cuidado para não sermos prisioneiros dele, isso acontece diariamente comigo. Às vezes eu o encaro e ás vezes eu me afugento, por um tempo (eu espero).   

Separei duas músicas que falam justamente sobre isso.

A primeira é da Pitty:

''Só trememos por nós mesmos
 Ou por aqueles que amamos
 Homem que nada teme
 É homem que nada ama.''


Medo by Pitty on Grooveshark

E a segunda é da Julieta Venegas com a participação do Lenine:

''O medo é uma linha que separa o mundo
 O medo é uma casa onde ninguém vai
 O medo é como uma laço que aperta o nó

 O medo é uma força que me impede andar.''




Miedo (com Julieta Venegas) by Lenine on Grooveshark




''Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo e não a ausência do medo.'' (Mark Twan)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Trem da vida

''As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.'' (Lilian Tonet)

Eu gosto de escrever sem dar muitas voltas, simples e sucinta. Considere a vida como um trem: algumas pessoas fazem o mesmo caminho todos os dias, outras em dias variados e existem também aquelas que percorrem-no apenas uma vez. As relações seguem esse ritmo, esse entra e sai pode sim nos proporcionar crescimento. Têm relacionamentos inesquecíveis, que estremecem nossa base e nos obrigam a sair do comodismo, têm uns laços que nem a morte os rompe ou também têm aqueles que nos ensinam o que não ser.

De repente, os gostos não são mais os mesmos, a admiração muda de foco e um simples ''Oi, tudo bem?'' vira um tédio. Não há manual de instruções para as relações, e quando se torna complicado de falar o que nos incomoda, a solução é afastar-se.


 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Não fuja

Esta semana me deparei com duas situações de pessoas que vêem o mundo como um todo, mas não conseguem vê-lo em si. Diante de uma situação fogem ou ficam estáticas, como conseguem? Dá impressão que suas atitudes estão aprisionadas em altas muralhas. Quebre-as, liberte seus pensamentos e consequentemente libertará suas ações. Fugir só vai adiar o problema, não vai acabar com ele. 

''Lembre-se da sabedoria da água: ela nunca discute com um obstáculo, simplesmente o contorna. '' (Augusto Cury)

Assim como na vida, vai chegar um momento que não haverá outra opção senão encará-los.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Faça brilhar o seu caminho

Uma música animada e trilha sonora do filme ''Os Croods''. Já conhecia a banda Owl City, mas nunca tinha ouvido Yuna, pretendo conhecer melhor as músicas dela. Um trecho da letra: 

'' Todas as suas lágrimas vão secar mais rápido ao sol
A partir de hoje
Faça brilhar, faça brilhar, faça brilhar
Faça Brilhar o seu caminho

Há um céu aberto
E a razão por que
Você brilha, brilha o seu caminho
Há tanto para aprender
E agora é a sua vez
Para brilhar, iluminar o seu caminho.''

Melhora qualquer humor!


terça-feira, 2 de abril de 2013

Reinvente-se

A Doença de Devic não dá segurança nenhuma, em um dia pode-se estar bem e no outro começar a perder a força, a visão e ter outros sintomas de surto. No inicio eu era muito insegura a respeito dela (e ainda sou um pouco, não consigo mentir) , mas com o tempo descobri que a vida é assim. Impossível prever o amanhã, impossível não ter de se reinventar. Às vezes pode ser uma doença, uma perda e até mesmo algo novo, totalmente inesperado que acelera o processo para reinventar-se. Seja como for, lento ou rápido, mudar a cada dia é o que faz a vida valer a pena. Não falo apenas de mudanças externas, mudanças internas também, que são as mais difíceis. Momentos ruins provam o quanto somos fortes para superá-los, a chamada Resiliência.

''Resiliência: Habilidade de se adaptar com facilidade às intemperes, às alterações ou aos infortúnios.'' (Fonte: Dicio)

Segue abaixo um poema chamado ''Reinvenção'' de Cecília Meireles, no qual eu me inspiro muito:

''A vida só é possível 
reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... — mais nada.


Mas a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível
reinventada.


Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.


Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada, 
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só -  na treva, 
fico: recebida e dada.


Porque a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível 
reinventada.''


E de repente nessas andanças que é a internet, uma crônica da Lya Luft também traduz claramente esse momento:

''Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."


O post foi bem longo, mas a vida é assim: complexa. 




Sobre fé

A Páscoa passou, o novo Papa foi escolhido e eu ainda não havia falado sobre ela aqui. Talvez seja porque ela está tão presente em nossas vidas que se torne um misto de nós mesmos. Eu costumo dizer que não tenho religião, mas tenho muita fé e acredito em Deus. É que minha visão sobre esse tema é um pouquinho diferente, fui batizada na Igreja Católica e ia quase todos os domingos na igreja, mas apesar de cumprir esse papel (que a maioria cumpre) eu não colocava meu coração ao ir lá. Depois que descobri a doença e que muitas pessoas e de vários credos se mobilizaram para rezar por mim, notei que eu poderia acreditar em Deus e isso já bastava. As minhas orações não são decoradas, eu peço, agradeço, acredito em anjos e observo cada sinal que eles nos dão. Para mim, Deus não é apenas um Ser Supremo, mas sim cada sensação boa do dia-a-dia. Pode ser um raio de sol que aquece a nossa pele, o cheiro da chuva num dia de calor, o nosso amor pelas pessoas e pelos animais ou aquela vontade que nos bate de vez em quando para fazer tudo diferente. É claro que às vezes as pessoas se assustam com essa minha forma de pensamento, mas muitas delas na correria das suas rotinas, não param para observar os milagres que nos cercam e que a frase que rege o mundo poderia ser apenas uma ao invés das muitas regras impostas: ''Fazer o BEM!'' Simples assim.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Redes sociais

Ontem alguém do meu twitter escreveu que iria ''dar um tempo'' das redes sociais, pois achava que pudéssemos ser escravos delas. Será? Será que as nossas vidas é que não são vazias o suficiente para criar expectativas em cima de um mero meio de comunicação? Ou quem sabe já não escrevemos querendo ''likes''? É a famosa lei da recompensa. Eu estou em várias redes, mas nem por isso eu deixo de ler ou sair, uma coisa não exclui a outra. Já teve vezes que eu pensei assim, mas hoje vejo o Facebook, por exemplo, como um encurtador de caminhos. Deixa as pessoas mais próximas? Sim. Deixa as pessoas mais distantes? Talvez. Costumo dizer que todo bônus tem seu ônus e vice-versa, depende de nós, não substituir um abraço por um curtir já é um bom começo. Onde mais você vai dividir seus gostos, opiniões ou até um ''Feliz Aniversário!'' no querido diário? Devemos usar a tecnologia a nosso favor, agir contra tudo e contra todos é voltar no tempo.

Aqui tem um tweet da Rosana Hermann (@rosana), que talvez explique um pouco o início deste post:

'' Rede social: banco de sentimento.
   Você deposita suas emoções e espera o rendimento.''

aqui, um link muito interessante sobre esse assunto, vale a pena o clique.

Que tal acharmos um ponto de equilíbrio?