sábado, 14 de dezembro de 2013

Como tudo começou

Não gosto de memórias ruins, mas imagino que esse post possa ser esclarecedor. Eu tinha 19 anos e minha vida era bastante corrida, trabalhava de dia e à noite cursava Ciências Contábeis. O cansaço se dava porque eu era responsável por implantar a ISO9000 e estávamos na reta final, e a faculdade era na cidade vizinha. Em janeiro de 2008 fui ao oftalmologista pois sentia minha visão cansada, eu já usava óculos, ele aumentou meio grau. O próximo sintoma foi a dormência nas pernas, eu brincava que poderia ser um infarto devido ao alto nível de stress. Os meses foram passando e resolvi fazer a carteira de habilitação, na quarta aula notei que estava tremendo muito, mas novamente achei que pudesse ser nervosismo, afinal eu nunca havia dirigido antes. Um mês depois meu braço começou a ficar rígido, tinha dificuldade para comer e escrever. Algo estava errado! Em setembro perdi o equilíbrio e caí ao voltar do trabalho, fui várias vezes no Plantão e a resposta era sempre a mesma: Depressão. Foi então, que aterrorizada com a situação, sugeri marcar consulta com um neurologista. Depois de alguns testes e ressonâncias, constatou-se uma infecção da 1ª á 7ª vértebra na medula, minha família resolveu me transferir para Passo Fundo e ter uma segunda opinião. Seria necessária cirurgia para remoção, muitos riscos foram antecipados e o clima ficou tenso. Depois o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Sobrevivi e estou aqui, mas até hoje não entendi o porquê da cirurgia. Os fatos que me assustam é a demora para descobri-la (10 meses desde o início do primeiro sintoma) e o quanto doenças neurológicas são desconhecidas . O resto da história eu já contei aqui, surtos e adaptações. Muitas dúvidas surgiram, meu cérebro deu um nó, algumas já foram resolvidas, outras ainda estão por vir.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Volta à Equoterapia

Depois de alguns meses sem Equoterapia, eu finalmente voltei. Relutei no início porque eu gosto das minhas terças livres e também por não conhecer o professor. As minhas sessões haviam sido pausadas devido á sobrecarga dos profissionais, eu amava e estava melhorando bem. Agora meu ânimo foi renovado, a área para praticar é enorme, o professor é ótimo. Ele trabalha desde 1999 com Equoterapia e sabe muito, além de melhorar minha parte motora e psicológica, eu aprendo sobre os cavalos e tenho contato total com a natureza.

Ele me recomendou este vídeo, é impressionante o que Lorenzo faz com os cavalos:



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Rotina

Eu confesso, ando meio sumida do blog. Não, não é por falta de tempo! É por falta de assunto mesmo. Minhas terapias continuam as mesmas: Pilates, Psicoterapia e agora de volta à Equoterapia. Estou sentindo resultados, mesmo que sejam pequenos eles estão aparecendo. Eu estava com saudades de rotina, ter horários é muito bom. Mas voltando ao assunto do meu sumiço, na verdade eu acho chato falar sempre das mesmas coisas. As doenças normalmente se resumem a isso: terapias, sintomas e remédios. Eu quero ser mais positiva a respeito dela, mostrar que é possível conviver com ela sem neuras, porque é assim que eu fiquei no início. Talvez eu devesse fazer um post sobre os sintomas, acho que seria esclarecedor, no entanto a palavra ''esperança'' será obrigada a estar nas entrelinhas.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Fases

Eu já passei pela fase do ''choque'' de ser portadora de uma doença rara, eu já passei pela fase de rezar para que um milagre acontecesse e eu ficasse curada, eu já passei pela fase de adaptação ao voltar para casa após cinco meses no hospital, eu já passei pela fase de querer saber mais que os próprios médicos virando a internet do avesso querendo saber tudo a respeito da Doença de Devic, eu já passei pela fase de aceitação ao perceber que o preconceito estava em mim mesma. Eu me afastei dos amigos, fiquei brava ao ser questionada sobre minha saúde, engoli a seco os olhares curiosos e me perguntei se se valia a pena todas essas atitudes. Eis que esses últimos meses eu me deparei com  pessoas que ainda não superaram essas fases. Eu sei que depois da chuva vem o arco-íris, mas vocês (assim como eu) podem estar perdendo grande parte de suas vidas. O Facebook é importante, filtrar tudo que é dito é muito mais. Na maioria das vezes que escrevo aqui estou triste e o blog começou em razão disso: desabafar! Talvez eu encontrasse alguém com os mesmos medos e com as mesmas ideias. Na rede do Mark Zuckerberg  eu encontrei vários ''alguéns'' iguais a mim (mesmas células malucas), no entanto pouquíssimos com a vontade de não ser controlado por um sintoma. Voltando ao fato de eu escrever apenas quando estou triste, quero escrever sobre assuntos legais também. Moda, aplicativos e compras, por que não? E mostrar que é possível sim ser feliz com qualquer diagnóstico!



P.S.: Esse post pode ter saído um lixo, mas a tempos eu gostaria de escrever isso!

sábado, 28 de setembro de 2013

Psicoterapia

Em março do ano passado eu comecei a fazer sessões de psicoterapia, pois têm alguns assuntos que para as pessoas à nossa volta são tão banais e para nós têm um peso enorme. Eu não queria alguém dizendo se eu estava certa ou errada (amigos fazem isso), eu precisava de alguém que me ajudasse a encontrar as respostas em mim mesma. Eu ainda estou as encontrando e sempre existem perguntas novas, mas me ajuda muito. Já sei lidar com meus medos, com a curiosidade alheia a respeito dessa doença que é pouco conhecida e com a fase ''cadeira de rodas''. Eu não me apresso em querer entender tudo ou tentar mudar meus sentimentos. A mudança pode ser lenta, mas deve ser de dentro para fora.

Nesse site tem um post bem interessante sobre a Psicoterapia, mostrando sua importância no tratamento da Esclerose Múltipla na qual se assemelha muito à Devic. 



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Remédio eficaz

Imunossupressores e corticoides para evitar surtos, relaxante muscular para diminuir espasmos, vitamina D para proteger os ossos e antidepressivos para evitar uma pane emocional. Não é fácil conviver com as dores, com as várias possibilidades de piora, nem com as nossas inseguranças. Não é fácil estar bem num dia e no outro estar mega cansada ou até mesmo não pensar que esse possa ser sintoma de mais um surto. Esse sim e não, esse talvez. O adequar-se à incerteza do amanhã. Tentar achar explicações, sofrer com o futuro ou simplesmente viver? A resposta está em você, e o remédio também.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

É preciso aprender a viver

Anteontem, dia 11 de agosto, fizeram três anos do meu pior surto. Eu lembro muito bem daquele dia frio em que eu estava deitada na cama hospitalar, já em casa, então o fisioterapeuta chamou minha mãe e deu a notícia que eu estava com insuficiência respiratória e deveria ser levada urgentemente ao hospital. Bem debilitada, dormindo mal, esquelética e com a respiração curta, achávamos que pudesse ser devido à perda de meu pai pois ele havia falecido a pouco tempo e éramos muito ligados. Era um surto, um mês antes eu já tinha sido internada em Passo Fundo e diagnosticada com a Doença de Devic, mas o medicamento (não lembro qual naquela época) não surtiu efeito. UTI, fora a palavra de ordem e a partir daquele dia minha vida tornou-se meu maior motivo de agradecimento. Em primeiro instante fui entubada e eu já não tinha nenhum movimento do corpo, a comunicação entre eu e minha família era feita através do piscar dos olhos. Em seguida, meu pneumologista vendo a gravidade da situação, achou que a traqueostomia seria a melhor solução. Ao relembrar essa cena, vem em minha cabeça algo assustador, eu não aceitava ter de usar ventilação mecânica, mas não havia outra saída. A gastrostomia foi colocada afim de auxiliar na minha alimentação, quando eu via alguém comendo pedia que se afastassem pois meu alimento era todo via sonda e sentia muita falta de comida salgada e sólida. Saí da UTI e voltei algumas vezes num período de um mês, meu pulmão fadigava e sofri crises convulsivas, a minha visão de tudo era sempre na posição horizontal, eu conhecia os ambientes pelo teto, meu deslocamento era feito de maca. Fiz muitos amigos, pessoas que serei grata eternamente (nem todos têm essa sorte), dia 13 de outubro eu retirei a traqueostomia e é nesse dia que comemoro meu 2º aniversário, todos queriam ouvir minha voz, eu me senti livre naquele instante. Fui para Curitiba terminar o tratamento e finalmente ganhei alta. Foram quatro meses, aprendendo a dar valor ao ar, à família, aos velhos e novos amigos, ao alimento, ao movimento. Dê valor às pequenas coisas, do meu jeito foi muito dolorido. É claro que boa parte da vida só se aprende assim, mas às vezes devemos olhar um pouco para dentro de nós mesmos e agradecer!

1º passeio na cadeira de rodas e sem a traqueostomia./ A visita da minha cachorra de presente de aniversário./ A viagem para Curitiba. 

O amor de pai e minha mãe./ Uma de nossas aventuras./ Crise de risos em família.


terça-feira, 16 de julho de 2013

Superação

Trago no corpo
Cicatrizes subcutâneas.
Trago no olhar
Uma tristeza subterrânea
Que o meu sorriso
Se empenhou
Em aniquilar.

Eu nunca fui vítima de nada
Mesmo quando me afoguei
Por não saber nadar.
Eu escolhi o mergulho
E corri o risco
De vivenciar minhas emoções
Em alto mar.

Trago na alma
Alegrias decorrentes
De uma parca memória.
Tenho um passado pesado
Mas reescrevi minha história.

Trago no peito
Apenas amor, gratidão.
A vida me ensinou
Que sobreviver à derrota
É uma grande vitória:
Superação.

(Marla de Queiroz)


domingo, 7 de julho de 2013

Le petit plaisirs

Uma música no rádio, o raio de sol aquecendo a pele num dia frio, o primeiro gole de água quando estamos com sede, um abraço, o amor dos cachorros, o sorriso de uma criança, o bater das cortinas pelo vento, a liberdade nem que seja por um instante, a comida da vó, o AR. Estas são sensações que não se compram e costumam passar despercebidas, eu comecei a prestar atenção nesses detalhes depois que descobri minha doença (minha doença, ela é minha propriedade agora). Sempre existe o ônus e o bônus: não é bom ser limitada, mas para a alma não existe limites! Foi com a perda que eu aprendi a dar valor as pequenas coisas, talvez se eu estivesse saudável poderia ser a cópia fiel de várias pessoas que me enojam, então eu simplesmente agradeço por enxergar o mundo de outra forma.

''Acho que a minha maior felicidade está nos pequenos prazeres.''


sábado, 6 de julho de 2013

Trombose

A perna começa a inchar, doer e ficar vermelha; esses são os primeiros sintomas da trombose. Sobre a dor, devido minha falta de sensibilidade em algumas partes do corpo, mascarou um pouco, eu sentia apenas uma ''queimação''. Outro fato: a maioria das tromboses começam abaixo do joelho e a panturrilha fica rígida, a minha começou no meio da coxa e já estava na virilha. Exames de sangue e ecografia são os passos iniciais, diagnosticada, começa o tratamento com Heparina e Marevan que têm a função de ''afinar'' o sangue. Foram cinco dias com as pernas erguidas e sem sair da cama, ao chegar em casa é recomendado não fazer esforço físico, evitar cortes (risco de hemorragias), Marevan e a cada 10 dias exame de sangue. O inchaço nas pernas é complemente normal para quem usa cadeira de rodas, mas é sempre bom observar as características do mesmo.

O vídeo abaixo explica muito bem sobre a trombose:



sexta-feira, 5 de julho de 2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

Soror mea, amica mea

Esconde as lágrimas atrás do sorriso,
Há de ser negação, nega estar triste.
Captura fotos com seus olhos, e escolhe nosso melhor ângulo.
Luta pelos sonhos e busca seus objetivos.
Guarda as lembranças com medo de esquecê-las.
E não, você não está presa ao passado
Apenas valoriza os bons momentos
Sabe cativar e cultivar as amizades,
Espelho-me em ti.
Irmã de sangue, irmã de alma.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quebra-cabeça

- Você sumiu do Facebook!
- É que eu estou montando um quebra-cabeça.

A ideia surgiu depois que a minha irmã mostrou uma foto de um quebra-cabeça pronto feito por um amigo dela, era de 1000 peças. Eu me empolguei e comecei a procurar vários modelos na internet, o que eu gostei foi a obra Garden do Romero Britto (5000 peças) e não havia outro menor. Aceitei o desafio e achei que seria fácil, estava bem enganada, é bem cansativo mas vicia. Ah, eu sumi mesmo!

A quantidade de peças assusta.

Poderia ser mais útil, mas a mesa era menor que o porta-puzzle.

Uma pequena parte das peças já encaixadas.

Algumas dicas:
  • Separe as peças dos cantos;
  • Separe por cor;
  • E a mais importante de todas, encontre um local adequado para montá-lo.
Além de estimular o cérebro, ajuda muito a melhorar a motricidade fina.

Agora com licença, que eu tenho que terminá-lo.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

É Preciso

Como falar tem sua importância, o falar para desabafar, o falar para agradecer, o falar para não adoecer.

''Cada vida tem a sua estrada,
Acredite no poder das palavras.''

É Preciso (A Próxima Parada) - Jota Quest:




sábado, 11 de maio de 2013

Livro: A culpa é das estrelas


''Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais'', diz a capa. Visto que eu choro a cada livro que leio, criei muitas expectativas. No entanto me surpreendi muito, de início achei que fosse um simples romance, mas ele vai muito além. 

O livro conta a história de Hazel e Augustus, dois jovens com câncer terminal que se apaixonam um pelo outro e lutam pela vida, o impressionante é que o autor não se detém na doença, no vitimismo ou heroísmo. Quando passamos por um problema (principalmente de saúde) não temos escolha, é enfrentar ou enfrentar. Me caracterizei com os personagens porque de uma certa forma eu passei por situações muito parecidas: o olhar curioso das pessoas, o medo de ser um ''peso'' para minha família, a questão do BiPAP, do sentir-se feia e das deficiências.  

Meu trecho favorito.

E sim! Eu ri, chorei muito e quis mais!




quinta-feira, 9 de maio de 2013

Um amor maior que eu

Nos comunicamos por telepatia
Nos conhecemos só pelo olhar
Tem o dom de mudar qualquer energia
Transforma o preto e branco em colorido na fração de segundos
Não sonha, materializa
O amanhã é muito longe
Para quem V-I-V-E o agora
Renova suas energias nas plantas
E põe o coração sempre acima da razão
Minha mais longa e leal amizade
Se pudesse em outra vida, escolher uma mãe, com certeza viveria tudo novamente contigo.



PS.: Eu te amo!

domingo, 5 de maio de 2013

Bonsai

Odeio ficar parada, a minha semana geralmente é bem corrida, mas estou sempre em busca de coisas novas para sair do tédio e ocupar o tempo. É claro que é ruim perder alguns movimentos, no entanto a nossa adaptabilidade é tão grande que nos possibilita ter hobbies nunca antes imaginados. O cultivo de bonsais é um deles, eu sempre fui apaixonada por plantas e já havia ganhado dois antes desse, mas morreram por falta de cuidados e conhecimentos. Agora estou mais preparada e pesquisei muito sobre eles, baixei uns livros e achei um site que vende várias mudas e acessórios.

Bonsai significa árvore em vaso ou árvore em bandeja.

Segue abaixo um texto retirado da revista Biblioteca Natureza – Bonsai, Segredos de Cultivo:

''A Natureza sempre foi o caminho para o homem estreitar suas relações com o divino. Por esse motivo, as florestas eram o templo sagrado de muitas civilizações e a proteção na busca de equilíbrio. Assim, percorrer os caminhos tortuosos da floresta era comum, principalmente entre os monges chineses e os taoistas, interessados em meditar e reabastecer suas energias.
Entre os elementos naturais dignos de adoração, as árvores centenárias eram o exemplo mais marcante de longevidade e superação da ação do tempo. Mesmo expostas a condições desfavoráveis, elas renasciam, floresciam e frutificavam todo ano. Era a verdadeira vitória contra a morte. Com o passar dos anos, surgiu a ideia de levar para as cidades um pouco da “essência mágica” das florestas.
As árvores, então, começaram a ser cultivadas em vasos pequenos ou bandejas, mas com a aparência de terem vivido muitos anos. Essas miniaturas eram chamadas de pun sai e cada monge budista cuidava do seu exemplar com dedicação absoluta para apresentarem uma expressão de saúde e beleza natural, mas, principalmente, para servirem de veículo à meditação.
Desenvolvida pelos chineses desde o ano 200 a.C., essa arte provavelmente foi levada ao Japão por monges. Na Era Kamakura, entre 1192 e 1333, ocorreu a primeira menção ao bonsai em terras japonesas, sinal de que os nobres já haviam descoberto esse tesouro em miniaturas de ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantados em vasos.
A popularidade do bonsai já era imensa na Era Edo, entre os anos de 1615 e 1867, principalmente pelas espécies floríferas e com folhagens coloridas. O período também é marcado pelo desenvolvimento das técnicas de cultivo e a criação dos estilos básicos.
Mas foi só no começo do século XX que o mundo ocidental pôde admirar a perfeição das árvores cultivadas em espaços reduzidos. As exposições destas pequenas obras de arte, criadas em conjunto pelo homem e a Natureza, davam ao mundo lições de paciência, dedicação e técnica.
O bonsai passou a ser popular nas grandes cidades carentes do contato com a Natureza. Logo, tornou-se um hobby que se espalhou por diversos países. No Brasil não é diferente. Muitas pessoas dedicam anos para dar a forma envelhecida às suas plantas, inclusive muitas nativas. Afinal, num país tropical com tantas espécies de árvores, nada mais justo do que se aventurar pelo mundo do bonsai.''
Bonsai mais velho do mundo, um Pinheiro Branco plantado em 1500.

Eu quis começar por uma planta frutífera, por isso escolhi o romã. Bonsais de romã gostam de sol (no mínimo 4 horas por dia)  e não devem ficar com a terra seca, é necessário tocá-la para sentir a necessidade de água ou não. Esses estão sendo meus primeiros cuidados, em seguida vem a adubação, poda, aramagem e a transposição de vaso, mas como disse, eu estou ainda no início deste novo hobbie,  então é questão de tempo e paciência. As sementes dos frutos, na passagem do ano, significam sorte.
Meu bonsai de romã.

Dois livros para baixar sobre esse assunto: ''A vida secreta das plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird'' e ''A arte do bonsai, de Peter Adams''.


sábado, 27 de abril de 2013

Voltando no tempo

Toda carta tem seu charme. Com a internet a vida está muito mecanizada, foi perdida a essência. O carinho é um clique. Antigamente correspondências tinham perfume e ansiedade pela espera de chegarem, hoje computadores deletam, economizam nosso tempo e estamos sempre atrasados. Onde está nossa paciência e nosso jogo de cintura ao lidar com os empecilhos ao longo do caminho? Parece ser uma boa explicação para ter uma máquina de escrever hoje em dia, ela desacelera um pouco nossa mente e nos força a ter mais atenção. É por isso a comparação: quando nos deparamos com um problema, não temos a opção voltar ou desfazer, é simplesmente seguir em frente.


Foi por esses motivos que eu decidi adquirir uma máquina, mas também para retribuir o carinho que recebo e que às vezes fica escondido, ótima terapia para o cérebro e para as mãos pois datilografar exige um pouquinho de força. É muito gratificante valorizar o passado para poder aproveitar melhor o presente!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Os mandamentos de Dalai Lama

  • Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria.
  • Decore seu poema favorito.
  • Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.
  • Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas nos olhos.
  • Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
  • Acredite em amor à primeira vista.
  • Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
  • Ame profundamente e com paixão.
  • Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
  • Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
  • Não julgue as pessoas pelo seus parentes.
  • Fale devagar mas pense com rapidez.
  • Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
  • Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
  • Ligue para sua mãe.
  • Diga "saúde" quando alguém espirrar.
  • Quando você se deu conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
  • Quando você perder, não perca a lição.
  • Lembre-se dos três Rs: Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.
  • Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
  • Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
  • Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
  • Passe mais tempo sozinho.
  • Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
  • Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
  • Leia mais livros e assista menos TV.
  • Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.
  • Confie em Deus, mas tranque o carro.
  • Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
  • Em desentendimento com entes queridos, enfoque a situação atual.
  • Não fale do passado.
  • Leia o que está nas entrelinhas.
  • Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
  • Seja gentil com o planeta.
  • Reze. Há um poder incomensurável nisso.
  • Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
  • Cuide da sua própria vida.
  • Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
  • Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
  • Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação de riqueza.
  • Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
  • Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
  • Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
  • Usufrua o amor e a culinária com abandono total.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Livro: O Pequeno Príncipe





Parece ser um livro infantil, não é? Errado, pois as lições são também para os adultos. Este é um dos meus livros favoritos e mais fascinantes que já li. Ele conta a história de um piloto de avião que encontra um principezinho no meio do deserto, a partir daí é narrada as aventuras do pequenino em outros planetas nos mostrando valores como amizade, amor e lealdade.


''Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.''  (O Pequeno  Príncipe)

Uma curiosidade:  Antoine de Saint-Exupéry, o autor deste livro, era aviador e em 1944 partiu  para uma missão de reconhecimento em um território francês ocupado por alemães. Sumiu, nunca foi encontrado. Apenas em 1998, um bracelete seu, foi achado por um pescador e em 2004, foram confirmados que restos do avião encontrados em 2000 pertenciam à sua aeronave. (Fonte Superinteressante)

Nesse link você pode baixar o Audiobook e nesse o E-book.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Medo

Uma palavrinha tão pequeninha e que nos paralisa, nos faz parecer covardes. Ao mesmo tempo que evita grandes riscos, é um sinalizador, é atenção. Ele cria um escudo contra as coisas ruins e contra as boas também. Necessitamos tomar cuidado para não sermos prisioneiros dele, isso acontece diariamente comigo. Às vezes eu o encaro e ás vezes eu me afugento, por um tempo (eu espero).   

Separei duas músicas que falam justamente sobre isso.

A primeira é da Pitty:

''Só trememos por nós mesmos
 Ou por aqueles que amamos
 Homem que nada teme
 É homem que nada ama.''


Medo by Pitty on Grooveshark

E a segunda é da Julieta Venegas com a participação do Lenine:

''O medo é uma linha que separa o mundo
 O medo é uma casa onde ninguém vai
 O medo é como uma laço que aperta o nó

 O medo é uma força que me impede andar.''




Miedo (com Julieta Venegas) by Lenine on Grooveshark




''Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo e não a ausência do medo.'' (Mark Twan)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Trem da vida

''As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.'' (Lilian Tonet)

Eu gosto de escrever sem dar muitas voltas, simples e sucinta. Considere a vida como um trem: algumas pessoas fazem o mesmo caminho todos os dias, outras em dias variados e existem também aquelas que percorrem-no apenas uma vez. As relações seguem esse ritmo, esse entra e sai pode sim nos proporcionar crescimento. Têm relacionamentos inesquecíveis, que estremecem nossa base e nos obrigam a sair do comodismo, têm uns laços que nem a morte os rompe ou também têm aqueles que nos ensinam o que não ser.

De repente, os gostos não são mais os mesmos, a admiração muda de foco e um simples ''Oi, tudo bem?'' vira um tédio. Não há manual de instruções para as relações, e quando se torna complicado de falar o que nos incomoda, a solução é afastar-se.


 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Não fuja

Esta semana me deparei com duas situações de pessoas que vêem o mundo como um todo, mas não conseguem vê-lo em si. Diante de uma situação fogem ou ficam estáticas, como conseguem? Dá impressão que suas atitudes estão aprisionadas em altas muralhas. Quebre-as, liberte seus pensamentos e consequentemente libertará suas ações. Fugir só vai adiar o problema, não vai acabar com ele. 

''Lembre-se da sabedoria da água: ela nunca discute com um obstáculo, simplesmente o contorna. '' (Augusto Cury)

Assim como na vida, vai chegar um momento que não haverá outra opção senão encará-los.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Faça brilhar o seu caminho

Uma música animada e trilha sonora do filme ''Os Croods''. Já conhecia a banda Owl City, mas nunca tinha ouvido Yuna, pretendo conhecer melhor as músicas dela. Um trecho da letra: 

'' Todas as suas lágrimas vão secar mais rápido ao sol
A partir de hoje
Faça brilhar, faça brilhar, faça brilhar
Faça Brilhar o seu caminho

Há um céu aberto
E a razão por que
Você brilha, brilha o seu caminho
Há tanto para aprender
E agora é a sua vez
Para brilhar, iluminar o seu caminho.''

Melhora qualquer humor!


terça-feira, 2 de abril de 2013

Reinvente-se

A Doença de Devic não dá segurança nenhuma, em um dia pode-se estar bem e no outro começar a perder a força, a visão e ter outros sintomas de surto. No inicio eu era muito insegura a respeito dela (e ainda sou um pouco, não consigo mentir) , mas com o tempo descobri que a vida é assim. Impossível prever o amanhã, impossível não ter de se reinventar. Às vezes pode ser uma doença, uma perda e até mesmo algo novo, totalmente inesperado que acelera o processo para reinventar-se. Seja como for, lento ou rápido, mudar a cada dia é o que faz a vida valer a pena. Não falo apenas de mudanças externas, mudanças internas também, que são as mais difíceis. Momentos ruins provam o quanto somos fortes para superá-los, a chamada Resiliência.

''Resiliência: Habilidade de se adaptar com facilidade às intemperes, às alterações ou aos infortúnios.'' (Fonte: Dicio)

Segue abaixo um poema chamado ''Reinvenção'' de Cecília Meireles, no qual eu me inspiro muito:

''A vida só é possível 
reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... — mais nada.


Mas a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível
reinventada.


Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.


Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada, 
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só -  na treva, 
fico: recebida e dada.


Porque a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível 
reinventada.''


E de repente nessas andanças que é a internet, uma crônica da Lya Luft também traduz claramente esse momento:

''Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."


O post foi bem longo, mas a vida é assim: complexa. 




Sobre fé

A Páscoa passou, o novo Papa foi escolhido e eu ainda não havia falado sobre ela aqui. Talvez seja porque ela está tão presente em nossas vidas que se torne um misto de nós mesmos. Eu costumo dizer que não tenho religião, mas tenho muita fé e acredito em Deus. É que minha visão sobre esse tema é um pouquinho diferente, fui batizada na Igreja Católica e ia quase todos os domingos na igreja, mas apesar de cumprir esse papel (que a maioria cumpre) eu não colocava meu coração ao ir lá. Depois que descobri a doença e que muitas pessoas e de vários credos se mobilizaram para rezar por mim, notei que eu poderia acreditar em Deus e isso já bastava. As minhas orações não são decoradas, eu peço, agradeço, acredito em anjos e observo cada sinal que eles nos dão. Para mim, Deus não é apenas um Ser Supremo, mas sim cada sensação boa do dia-a-dia. Pode ser um raio de sol que aquece a nossa pele, o cheiro da chuva num dia de calor, o nosso amor pelas pessoas e pelos animais ou aquela vontade que nos bate de vez em quando para fazer tudo diferente. É claro que às vezes as pessoas se assustam com essa minha forma de pensamento, mas muitas delas na correria das suas rotinas, não param para observar os milagres que nos cercam e que a frase que rege o mundo poderia ser apenas uma ao invés das muitas regras impostas: ''Fazer o BEM!'' Simples assim.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Redes sociais

Ontem alguém do meu twitter escreveu que iria ''dar um tempo'' das redes sociais, pois achava que pudéssemos ser escravos delas. Será? Será que as nossas vidas é que não são vazias o suficiente para criar expectativas em cima de um mero meio de comunicação? Ou quem sabe já não escrevemos querendo ''likes''? É a famosa lei da recompensa. Eu estou em várias redes, mas nem por isso eu deixo de ler ou sair, uma coisa não exclui a outra. Já teve vezes que eu pensei assim, mas hoje vejo o Facebook, por exemplo, como um encurtador de caminhos. Deixa as pessoas mais próximas? Sim. Deixa as pessoas mais distantes? Talvez. Costumo dizer que todo bônus tem seu ônus e vice-versa, depende de nós, não substituir um abraço por um curtir já é um bom começo. Onde mais você vai dividir seus gostos, opiniões ou até um ''Feliz Aniversário!'' no querido diário? Devemos usar a tecnologia a nosso favor, agir contra tudo e contra todos é voltar no tempo.

Aqui tem um tweet da Rosana Hermann (@rosana), que talvez explique um pouco o início deste post:

'' Rede social: banco de sentimento.
   Você deposita suas emoções e espera o rendimento.''

aqui, um link muito interessante sobre esse assunto, vale a pena o clique.

Que tal acharmos um ponto de equilíbrio?


sábado, 30 de março de 2013

Vida real

Não sei se realmente alguém lê este blog, e também pouco importa. Eu criei para apenas manter alguns registros, a leitura dele por outras pessoas será sempre um bônus, mas fazia um tempinho que eu não postava. O fato é que o peso de ter um futuro incerto, marcado por altos e baixos, e a cobrança de minha parte querendo acelerar minha melhora, pulando etapas, estava fazendo com que eu esquecesse do que é a vida realmente. Essas duas últimas semanas foram bem pesadas e deprimentes, eu me frustei pois achava que deveria ficar bem para os outros, estava errada. A mudança tem que partir de mim e por mim, sem pressa. Passo muito tempo na internet, e não conheço um terço do que é a vida lá fora, não sei quanto tempo viverei (ninguém sabe), nem quanto tempo ficarei sem surtos, então qualquer sintoma me faz entrar em desespero. Não posso adiar minha vida e dane-se o que os outros pensarão, somente ficará nela quem merece ficar. É um presente viver intensamente e que eu consiga!  


quinta-feira, 21 de março de 2013

Um pedido de desculpas

Me desculpe por não ser tão extrovertida,
E por não fazer mais piadas sobre tudo, toda vez que eu faço isso sinto vontade de chorar
É como negar minha personalidade
Me desculpe por mudar tanto de humor
E por que quando eu estou com raiva, simplesmente me tranco dentro de mim mesma.
Me desculpe por eu achar que estou sempre incomodando
Ou por parecer que não me dedico, às vezes é cansaço mesmo. 
Me desculpe por ser insegura, sempre fui assim.
Me desculpe por ter tantos medos, é tudo muito diferente ainda.
Me desculpe por pensar na morte, mesmo sabendo que há tantas pessoas lutando pela vida.
Enfim, me desculpe por pedir desculpas.



terça-feira, 19 de março de 2013

Livro: Maktub

É incrível como a internet nos leva a caminhos até antes desconhecidos, eu estava procurando um vídeo para colocar aqui no blog e acabei encontrando um que citava uma palavra: Maktub. Minha curiosidade me fez pesquisar o significado e várias outras ligações a ela. Maktub é uma palavra árabe e significa ''está escrito'', sempre acreditei que tudo nessa vida há um propósito, foi por esse motivo que eu me identifiquei tanto com ela, nada é por acaso.


Em árabe.

E então, como uma coisa leva a outra, acabei descobrindo um livro com o mesmo nome: Maktub, do Paulo Coelho. Nunca tinha lido livros deste autor, baixei o livro neste site, só que é Maktub II, uma versão exclusiva para internet. Os textos dele são tão inspiradores que eu acabei comprando o livro Maktub I, na Estante Virtual. Gosto de livros geram uma transformação de pensamentos, na verdade em todos sempre se podem tirar alguma lição, esse é do tipo para ler, reler, ler novamente para evitar esquecê-lo. Não posso esquecê-lo.

Um dos meus textos favoritos: 

''Um psiquiatra amigo conta que — ao contrário da crença popular, que atribui a escuridão a capacidade de deprimir as pessoas — a maior parte dos suicídios ocorre de manhã. É justamente no momento de acordar que o depressivo se vê diante de sua maior dificuldade: enfrentar um novo dia. Isto nos leva a considerar o velho ditado árabe: o pior de todos os passos é o primeiro. Quando estamos prontos para uma decisão importante, todas as forças se concentram para evitar que sigamos adiante. Já estamos acostumados com isto. É uma velha lei da física: quebrar a inércia é difícil. Como não podemos mudar a física, concentremos a energia extra e conseguiremos dar o primeiro passo. Depois o próprio caminho ajuda.'' (Paulo Coelho)



UPDATE: Dia  03/04/13, meu Maktub finalmente chegou.





     

segunda-feira, 18 de março de 2013

A Fênix

Hoje eu queimei um cartão da época em que eu frequentava a faculdade, uma atitude simples, mas uma reação minha me surpreendeu e depois de algumas horas me fez refletir. Na hora em que eu resolvi me desfazer dele, eu falei que não haveria mais necessidade de tê-lo pois não voltaria mais aquela universidade e ao me olhar na foto do cartão eu disse que eu estava melhor hoje. Algo assustador pois essa não é uma atitude natural minha. É como se a garota de  5 anos atrás simplesmente não existisse, como se eu tivesse me transformado em outra pessoa. Ainda bem que foi para melhor, ainda bem que os acontecimentos da minha vida me mudaram positivamente. Às vezes é necessário queimar nossos ''eus'' para podermos renascer das cinzas, melhores e mais fortes. 

De acordo com a Wikipédia:
''fênix ou fénix (em grego ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.(...) A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.''

Que possamos ser como uma Fênix então!